Conceição Evaristo: Becos da memória
"...Invento sim e sem o menor pudor. Às histórias são inventadas, mesmo as reais, quando são contadas" Conceição Evaristo
O Projeto Imersão Literária no mês da Consciência Negra exalta Conceição Evaristo imortal pela Academia Mineira de Letras.
Apresentamos para deleite a resenha da obra Becos da Memória.
Disponível para empréstimo na sala de leitura Resenha:
O livro "Becos da memória" é um romance de caráter memorialista e ficcional escrita pela escritora brasileira Conceição Evaristo que representa a realidade cotidiana vivida dentro de uma comunidade na favela e as dificuldades para enfrentar as consequências do desfavelamento.
"Tenho dito que Becos da Memoria é uma criação que pode ser lida como ficções de memoria. E, como a memoria esquece, surge a necessidade da invenção" Conceição Evaristo
Os fragmentos que compõem Becos da memória procuram aliar a denúncia social a um lirismo de tom trágico, o que remonta ao mundo íntimo dos humilhados e ofendidos, tomados no livro como pessoas sensíveis, marcadas, portanto, não apenas pelos traumas da exclusão, mas também por desejos, sonhos e lembranças. Violência e intimismo, realismo e ternura, além de impactarem o leitor, revelam o compromisso e a identificação da intelectualidade afrodescendente com aqueles colocados à margem do que o discurso neoliberal chama de progresso.
Biografia:
Consagrada nova imortal pela Academia Mineira de Letras, Maria da Conceição Evaristo de Brito nasceu em Belo Horizonte, em 1946, na favela do Pindura Saia, na Região Centro-sul da capital mineira, belo-horizontina ficcionista e ensaísta, a escritora teve sua primeira publicação em 1990 na série Cadernos Negros, antologia coordenada pelo grupo Quilombhoje, coletivo de escritores afro-brasileiros de São Paulo.
Suas primeiras obras individuais, Ponciá Vicêncio (2003) e Becos da Memória (2006) foram publicadas pela Mazza Edições; sendo seguidas por Poemas da Recordação e outros movimentos (2008) e Insubmissas lágrimas de mulheres (2011), ambos pela Editora Nandyala; as duas, editoras mineiras sediadas em BH.
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