Postagens

20 de novembro dia da Consciência Negra: Tempo de aquilombar*

Imagem
"Existiu Um eldorado negro no Brasil Existiu Viveu, lutou, tombou, morreu, de novo ressurgiu Ressurgiu Pavão de tantas cores, carnaval do sonho meu Renasceu Quilombo, agora, sim, você e eu Quilombo Quilombo Quilombo Quilombo" Quilombo, o Eldorado Negro Neste 20 de novembro o Projeto Imersão Literária nos convida à aquilombar* Olhar para a nossa história com consciência,  entendendo que "Não dá para falar em consciência humana enquanto pessoas negras não tiverem direitos iguais e sequer forem tratadas como humanas." ( Djamila Ribeiro ) O dia da Consciência Negra é um dia para nos lembrar que a história do Brasil é marcada por séculos de colonização, usurpação de terras e escravização de seres humanos.  Allan da Rosa  em  Zumbi assombra quem?  e  Jarid Arraes  em  As lendas de Dandara  reforçam o que nos diz Djamila Ribeiro, Conceição Evaristo, Gilberto Gil e tantas outras vozes que cantam o direito de liberdade. Quilombo, o Eldorado Negro "Existiu Um eldorado ne

Conceição Evaristo: Becos da memória

Imagem
    "...Invento sim e sem o menor pudor. Às histórias são inventadas, mesmo as reais, quando são contadas"  Conceição Evaristo O Projeto Imersão Literária no mês da Consciência Negra exalta Conceição Evaristo imortal pela Academia Mineira de Letras. Apresentamos para deleite a resenha da obra Becos da Memória. Disponível para empréstimo na sala de leitura Resenha: O livro "Becos da memória" é um romance de caráter memorialista e ficcional escrita pela escritora brasileira Conceição Evaristo que representa a realidade cotidiana vivida dentro de uma comunidade na favela e as dificuldades para enfrentar as consequências do desfavelamento. "Tenho dito que Becos da Memoria é uma criação que pode ser lida como ficções de memoria. E, como a memoria esquece, surge a necessidade da invenção" Conceição Evaristo Os fragmentos que compõem Becos da memória procuram aliar a denúncia social a um lirismo de tom trágico, o que remonta ao mundo íntimo dos humilhados e ofen

Clássicos da Literatura Brasileira: Conceição Evaristo

Imagem
“Hoje a gente tem um movimento de falar com a nossa voz. Me perguntam se falo pelas mulheres negras. Eu não falo pelas mulheres negras, falo como mulher negra, com as mulheres negras.” Conceição Evaristo A escritora mineira nasceu em 1946, em uma favela na zona sul de Belo Horizonte. Trabalhou como empregada doméstica e completou seus estudos secundários aos 25 anos. Mudou-se para o Rio de Janeiro (RJ) e passou em um concurso público para o magistério. Graduou-se em Letras na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é mestra em Literatura Brasileira pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e atualmente é professora universitária na UFMG. Estreou sua carreira literária em 1990 com obras publicadas na antologia Cadernos Negros. Seu romance de estreia é Ponciá Vicêncio (2003) que foi traduzido para o inglês e publicado nos Estados Unidos cinco anos depois. Com obras que abordam a que

Projeto Imersão Literária: Lélia Gonzalez no mês da Consciência Negra

Imagem
"Enquanto a questão negra não for assumida pela sociedade brasileira como um todo: negros, brancos e nós todos juntos refletirmos, avaliarmos, desenvolvermos uma práxis de conscientização da questão da discriminação racial neste país, vai ser muito difícil no Brasil, chegar ao ponto de efetivamente ser uma democracia racial." Lélia Gonzalez Lélia Gonzalez, professora e filósofa brasileira, militante do movimento negro e do feminismo negro, produtora de relevante obra que, ao abordar as raízes da desigualdade social, política e econômica que atinge a população negra, fundamenta o enfrentamento e a resistência aos efeitos desta desigualdade. Lélia Gonzalez nasce em uma família de poucos recursos financeiros, sua mãe teve dezoito filhos, sendo Gonzalez a décima sétima criança. A mãe, de origem indígena e o pai, de origem negra, trabalhavam para sustentar a família, a mãe como empregada doméstica e o pai como ferroviário. Em 1942, a família muda-se para o Rio de Janeiro, indo mor

Mês da Consciência Negra: Djamila Ribeiro

Imagem
"A representatividade é importante, porque não basta ser mulher e mulher negra, mas tem que estar comprometida com as questões, e eu estou. Comprometida com as pautas feministas, com a questão racial, com a agenda dos direitos humanos no Brasil."  Djamila Ribeiro No Mês da Consciência Negra o Projeto Imersão Literária apresenta inúmeras obras de autoras e autores brasileiros que nos ajudam a refletir sobre a nossa sociedade. " Numa sociedade como a brasileira, de herança escravocrata, pessoas negras vão experienciar racismo do lugar de quem é objeto dessa opressão, do lugar que restringe oportunidades por conta desse sistema de opressão. Pessoas brancas vão experienciar do lugar de quem se beneficia dessa mesma opressão. Logo, ambos os grupos podem e devem discutir essas questões, mas falarão de lugares distintos." Como bem descreve  Djamila Ribeiro Djamila Taís Ribeiro dos   Santos é uma importante voz contemporânea em defesa dos negros e das mulheres. Filósofa,

Consciência Negra: Na Minha Pele (Lázaro Ramos)

Imagem
"Para ser sincero, eu nem mesmo ouvia o termo negro dentro de casa. "A gente, que é assim, tem de andar mais arrumadinho." A palavra "assim" dizia tudo e nada ao mesmo tempo". Lázaro Ramos A obra do ator Lázaro Ramos, é um automatizado de memórias, vivências e questionamentos raciais como a auto estima do corpo negro, segurança e liberdade e qual é o peso do legado da escravidão no Brasil para a sociedade e principalmente às comunidades negras. Na Minha Pele é um livro de linguagem simples, aonde o autor fala diretamente com o leitor, e conta histórias quase como se estivéssemos em uma roda de contos e conversa! Resenha:  Minha Pele Por: Natalia Sofia Peixoto Lima Na primeira parte do livro, Lázaro nos leva como colegas de viagem (como ele mesmo diz), de volta a sua infância, criação e iniciação no teatro,  nos apresenta a sua família e amigos, e principalmente, no primeiro capítulo conta sobre sua terra natal, e como sua ancestralidade à moldou desde o

Novembro: Bora lá semear consciência, na esperança de construir um mundo mais justo, igualitário, sororico e fraterno!

Imagem
"Não dá para falar em consciência humana enquanto pessoas negras não tiverem direitos iguais e sequer forem tratadas como humanas." Djamila Ribeiro No mês de novembro o  Projeto Imersão Literária  convida à reflexão sobre o dia vinte de novembro o dia da consciência negra no Brasil, instituída pela lei nº. 12.519 de 10 de novembro de 2011, a fim de responder algumas perguntas como: por que surgiu o dia da consciência negra? É realmente necessário um dia como esse? Outras indagações e polêmicas que surgem é: “se existe o dia da consciência negra, então por que não existe o dia da consciência branca?” Ou, outros argumentos como, “ isso é racismo dos próprios negros!” A fim de responder todas essas indagações, sugerimos a leitura do Artigo de Felipe Silva Alves   enviado para o Portal Geledés :  este artigo se propõe a demonstrar três razões suficientes quanto à necessidade de ter um dia especifico para a consciência negra no Brasil. A primeira razão será o argumento filosófico